Em protesto, ex-funcionário impediu que as máquinas saíssem do pátio e os contratados pela empresa cruzaram os braços.
A obra do pontilhão na interseção das Avenidas Rio Branco com Leste-Oeste, em Londrina, enfrentou mais um contratempo, desta vez devido a uma paralisação feita pelos funcionários da Triunfo, empresa terceirizada responsável pela construção.
O início da paralisação aconteceu quando um ex-funcionário impediu que as máquinas saíssem para trabalhar trancando o portão. Ele alega ter sido demitido sem receber as devidas compensações que giram em torno de 11 mil reais. Os funcionários, que preferiram não dar entrevista, cruzaram os braços.
Em entrevista a TV2C, Matheus Henrique da Silva, que trabalhava como operador de máquinas na empresa, relatou “Nós fizemos uma paralisação geral. Eles não pagam, então travamos o portão. Eu estava trabalhando em outra obra e fui transferido para cá, aí me mandaram embora. Era para me pagarem dia 5, mas até agora nada. Trabalhei 3 anos e não depositaram 1 real de FGTS. Eu quero receber. Quando eles me pagarem eu saio daqui”. O ex-funcionário disse ainda que “O pagamento do salário eles pagam em dia, mas quando saem eles atrasam. Todo mundo que sai tem que fazer isso: se não paralisar a Triunfo não paga, nós já vemos isso a muitos anos” completou.
Como ato de protesto, esse ex-funcionário fechou o portão de acesso e impediu a saída das máquinas do estacionamento, inviabilizando o progresso da obra.
Sem a operação das máquinas, a construção do pontilhão, que já enfrentou outros desafios e atrasos, está novamente em compasso de espera.
A situação reflete não apenas a tensão entre os trabalhadores e a empresa terceirizada, mas também levanta questionamentos sobre a continuidade e conclusão eficiente de uma obra crucial para a mobilidade urbana na região.
A prefeitura e demais órgãos envolvidos estão monitorando a situação e buscando uma resolução para retomar o andamento das obras no menor tempo possível.