Com salários atrasados, jogadores do elenco alviceleste, ameaçaram não treinar e até a não viajarem para o próximo compromisso, em Goiânia.
A terça-feira começou com o clima efervescente nos bastidores do Londrina Esporte Clube. Antes do treinamento previsto, no CT da SM Sports, o elenco do Tubarão, através dos atletas mais experientes, tidos como os líderes do grupo, pediram uma reunião, à portas fechadas com a diretoria do departamento de futebol do clube.
No encontro foi decidido que o elenco não entraria em campo para os treinamentos da semana, visando o próximo compromisso, que será em Goiânia, na próxima sexta-feira, contra o Vila Nova, às 19h, até que uma data fosse definida para que as pendências financeiras fossem sanadas. E mais, o grupo, em determinado momento ameaçou não viajar e por consequência, não entrar em campo.
Sem uma resposta concreta por parte de quem manda no futebol do Londrina, os jogadores decidiram que treinariam e que viajariam para mais uma partida decisiva para as pretensões do clube, afim de honrarem seus compromissos profissionais, mesmo com a SM Sports não fazendo o mesmo. Assim, o trabalho aconteceu normalmente, mas sem uma definição para a pendência com os atletas.
Risco de rebaixamento – Da mesma forma que na última rodada da série B do Brasileirão, o Londrina pode ter decretado o seu rebaixamento no próximo final de semana. Basta não vencer o Vila Nova, que matematicamente o clube estará na série C do ano que vem.
Para se manter vivo na competição, o time precisará vencer seus três jogos até o final da competição e ainda contar com algumas combinações de resultados de clubes concorrentes, para não ter a queda confirmada, principalmente em relação ao Ituano, que nesse cenário, não poderá somar mais nenhum ponto até o final da série B.
Racha entre gestão e clube – O acerto do Londrina Esporte Clube com a Liga Forte Futebol, tornou-se a salvação, tanto para a parte administrativa do Londrina, como para a SM Sports, que é a responsável pelo departamento de futebol. Entretanto, uma briga nos bastidores entre ambos, faz com que parte do montante, já liberado aos clubes participantes da nova liga, algo em torno de R$ 8 milhões, hoje seja um problema.
O Londrina se apega no direito de não repassar nenhuma parte de qualquer valor vindo da Liga Forte para a SM Sports e da mesma forma, a gestão se vê nos direitos de receber a maior parte do percentual, respeitando o contrato assinado com o Londrina. Enquanto não houver um entendimento entre as partes, ao que nos parece, os atletas seguirão sem os pagamentos dos salários atrasados e a instituição Londrina Esporte Clube, agonizando como em toda a temporada de 2023.